Pequenas Histórias

7 de abril de 2011

Não arriscar

Todas as pessoas constroem sonhos, definem objectivos, assumem gostos e desejos e projectam os seus futuros, mas nem todas conseguem atingir aquilo que pretendem. E porquê? Muitas dessas pessoas até podem não lutar o suficiente ou nem se quer tentarem porque pensam logo que não vão conseguir, mas para quê pensar assim se ainda nem tentaram? Ao contrário destas pessoas, existem outras que tentam lutar por aquilo que querem, tentam alcançar as suas metas, contudo, há sempre um momento nas suas vidas, ou até vários, em que se deparam com aquelas “curvas”. Curvas essas que as faz ter receio de avançar, que as faz ter medo do que possa estar para lá dela. Poderão surgir tristezas ou alegrias, vitórias ou derrotas, tudo é indefinido. Podem-se dar palpites do que poderá se encontrar lá, mas nunca se poderão dar certezas. Talvez o facto dessas pessoas já terem experimentado o sentimento da mágoa, já terem perdido várias “batalhas”, terem receio de que possam ser humilhadas…Há variadíssimos factores que podem levar as pessoas a não fazer uma determinada escolha, a não arriscar uma determinada proposta, a resignarem-se, a dobrarem o joelho e entregarem-se à derrota e a desistir dos seus sonhos e objectivos. No caso dos adolescentes, por exemplo, até pode nem ser por um sonho ou um objectivo estabelecido que eles desistam, por vezes por uma paixão os jovens deparam-se com vários obstáculos, os quais têm medo de passar, pois não sabem o que o futuro lhes reserva. Ou até se pode juntar o amor com os sonhos, isto é, por vezes, por uma paixão de adolescentes, há jovens que desistem dos seus sonhos para que possam ficar com aquele namorado(a), mesmo que não pensem no que poderá acontecer, ou mesmo que pensem, acabam por não escolher uma opção e escolher outra pensando que é essa que estará certa, mas quando tudo acaba percebem que estavam errados e afinal deveriam ter tomado a outra opção. Essas escolhas que terminam em “erros”, se assim forem interpretados pelos próprios, e arrependimentos são muito comuns na adolescência. Esta é uma fase de indecisões, de escolhas, é onde o ser humano define o seu próprio “eu”, ou seja, a sua identidade como pessoa. É a partir daqui que o jovem se afirma como pessoa perante uma sociedade. Portanto, talvez essas escolhas-erros façam parte de um processo evolutivo que ajudará melhor os jovens a definirem-se e a tomarem consciência daquilo que devem fazer e das escolhas que deverão tomar, pensando melhor nas opções que lhes surgem e analisando qual delas será melhor para si.

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